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  • As preocupações em face à falta de combustível no Brasil

    Não é de hoje que nos deparamos com as notícias de escassez de recursos e matérias-primas no nosso país. Mas o que pode acontecer caso haja falta de combustível no próximo semestre?

    Antes mesmo da COVID, o mundo — e principalmente o Brasil — se viam em meio à algumas preocupações consideráveis: o aumento da pobreza, as taxas de inflação cada vez mais altas e o poder de compra cada vez menor. Com a pandemia, que teve início no ano de 2019, as taxas de desemprego e a falta de trabalhadores para prestação de serviços deixaram a população mundial ainda mais preocupada. Agora, quase três anos depois, sentimos o impacto da pandemia e de outras medidas econômica. A mais recente é a preocupação com a falta de combustível no segundo semestre do ano de 2022.

    O UBS-BB (acordo que une o Banco UBS e o Banco do Brasil para prestar serviço de investimento e corretoria institucional em alguns países da América Latina) divulgou um relatório que informava um perigo eminente para os próximos meses: a escassez de combustível no Brasil.

    O estoque global do produto chegou ao menor patamar em 5 anos. E com isso, o mundo todo tem aumentado suas preocupações e pensado em soluções para a atual conjuntura da economia.

    A Petrobras também já havia alertado o governo sobre esse potencial problema, entretanto, outros agravantes como o conflito entre Rússia x Ucrânia e a falta de contêineres para transporte de carga agrava a situação nacional e mundial.

    Para alguns especialistas, porém, podemos ficar menos preocupados. Segundo informações, não se trata de uma escassez total do combustível, mas sim, da falta dele em locais, principalmente, onde se tem uma “logística desafiadora”. Em outras palavras, estamos falando sobre a ausência de diesel nas regiões do interior do Brasil.

    Ainda devemos considerar que os preços do combustível no Brasil são ainda mais altos devido ao problema causados por não conseguirmos refinar boa parte do que produzimos, mesmo sendo um país que produz mais petróleo do que pode consumir.

    E POR QUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM A FALTA DE COMBUSTÍVEL NO BRASIL?

    O diesel no Brasil é um produto de extrema importância. Estamos falando de um país que depende em quase sua totalidade dos transportes rodoviários. No cenário de escassez, estaríamos enfrentando também, um problema na logística nacional.

    Quando o valor do diesel sobe ou reduz, todo o mercado é impactado por essas variações e recebe os repasses do setor. Tudo isso por conta da dependência no transporte feito por caminhões.

    Café, madeira, produtos de mercado e farmácia… todos eles chegam aos mais diversos lugares do Brasil através dessa forma de transporte. Falar sobre a falta de combustível é falar sobre a falta de abastecimento dessas cidades e estados, causando a escassez de produtos essenciais para o dia a dia do brasileiro nas prateleiras.

    Outros fatores são a crise global — que afeta o mercado como um todo — e o custo elevado, que contribuem para o aumento no risco de desabastecimento do diesel no mercado. Esse temor é compartilhado por outros países em meio ao cenário caótico.

    Para os especialistas, a situação no mundo toda é muito complicada. Com a explosão dos casos de COVID no ano de 2020, o aumento de infectados pela doença e a intensificação das medidas de distanciamento social, fizeram com que a demanda para compra do diesel reduzisse, fazendo com que várias plantas de diesel fossem fechadas.

    Com isso e a normalização da situação econômica, houve um aumento na demanda, mas uma baixa na oferta, já que muitas refinarias já trabalhavam com uma redução considerável de estoque do diesel.

    E COMO FICA O MERCADO DA NAVEGAÇÃO?

    Ainda não se sabe ao certo quais serão os impactos nos diferentes setores econômicos, muito menos os efeitos diretos ao mercado da navegação. Sabemos que estamos em um país que prioriza o transporte por rodovias, mas a logística por navios pode ser uma solução para a tentativa de redução dos efeitos.

    A cabotagem pode ser uma solução de parte das dificuldades que encontraremos nos próximos meses, mas ainda não é certo quais serão os reais impactos no mercado.

    Para isso, é preciso pensar nas estratégias mais efetivas para os diferentes cenários que constataremos no segundo semestre do ano. Entretanto, sabemos que todos os setores serão afetados.

     

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