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  • O que é cadeia fria e qual a sua importancia para o agronegócio?

    A cadeia fria (ou cold chain, em inglês) é o conjunto de processos logísticos que assegura que produtos sensíveis à temperatura sejam mantidos dentro de uma faixa ideal desde a origem até o destino final. No agronegócio, isso é fundamental para preservar a qualidade, segurança sanitária e valor comercial de alimentos, medicamentos veterinários, flores e outros itens perecíveis.

    O que compõe a cadeia fria?

    A cadeia fria envolve diferentes etapas, todas com controle de temperatura:

    1. Armazenamento refrigerado na origem (fazenda, indústria ou cooperativa)

    2. Transporte em veículos refrigerados

    3. Centros de distribuição com controle térmico

    4. Contêineres refrigerados para exportação

    5. Pontos de venda ou recepção com conservação adequada

    Cada falha nesse processo pode comprometer o produto, causando perdas econômicas e sanitárias.

    Exemplo prático: transporte de suco concentrado

    Imagine uma empresa que produz suco de laranja concentrado em Mato Grosso do Sul e exporta para a Europa.

    • O suco é armazenado em tanques refrigerados na planta de produção.

    • Depois, é transportado até o porto em caminhões isotérmicos.

    • Em seguida, é embarcado em contêineres refrigerados (reefers), onde mantém temperatura constante durante toda a viagem marítima.

    • Ao chegar na Europa, segue para o centro de distribuição e, por fim, para o engarrafamento.

    Se em qualquer etapa a temperatura subir acima do limite, o suco pode fermentar ou perder propriedades, gerando perda total do lote.

    Por que a cadeia fria é tão importante no agronegócio?

    1. Preservação da qualidade

    Frutas, hortaliças, carnes e laticínios são produtos altamente perecíveis. Manter a temperatura ideal desde a colheita até o consumidor final evita a degradação, mantendo textura, sabor e valor nutricional.

    Exemplo: Morangos transportados sem refrigeração adequada chegam ao destino amassados, escurecidos e impróprios para venda.

    2. Redução de perdas pós-colheita

    No Brasil, estima-se que até 30% dos alimentos frescos sejam perdidos após a colheita, muitas vezes por falhas na logística e na refrigeração.

    Exemplo: Uma carga de mangas pode ser rejeitada por um supermercado europeu se estiver com sinais de amadurecimento excessivo, causado por temperatura fora do padrão.

     3. Atendimento às exigências sanitárias internacionais

    Mercados como União Europeia, EUA e Japão exigem rastreabilidade e controle rigoroso de temperatura em toda a cadeia logística. Sem isso, o produto nem entra no país.

    Exemplo: Exportadores de carne bovina precisam comprovar que a carne foi mantida a -18°C durante todo o transporte para atender às normas da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal).

    4. Valorização comercial do produto

    Produtos transportados com controle térmico têm maior aceitação, menos devoluções e preços melhores. A cadeia fria agrega valor e confiança à marca.

    A cadeia fria é um dos pilares da competitividade no agronegócio moderno, principalmente para quem atua com exportação ou trabalha com produtos frescos e de alto valor agregado.

    Investir em uma logística refrigerada eficiente não é apenas uma questão de estrutura é uma estratégia para acessar mercados exigentes, evitar perdas e garantir qualidade do campo à mesa.

    A cadeia fria é um sistema logístico que garante o transporte e armazenamento de produtos sensíveis à temperatura como frutas, carnes, laticínios e flores dentro de uma faixa térmica controlada, da origem até o destino. No agronegócio voltado à exportação marítima, a cadeia fria é fundamental para manter a qualidade dos alimentos durante viagens longas, que muitas vezes cruzam oceanos e duram semanas.

    O agronegócio brasileiro e o mar

    O Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, e a maior parte dessas exportações acontece por via marítima. Produtos como:

    • Frutas tropicais (manga, melão, uva)

    • Carnes bovina, suína e de frango

    • Suco de laranja concentrado

    • Lácteos e ovos processados

    … são embarcados em contêineres refrigerados (reefers) nos portos brasileiros e enviados para Europa, Estados Unidos, Ásia e Oriente Médio.

    Como funciona a cadeia fria no transporte marítimo?

    A cadeia fria no setor marítimo é composta por várias etapas integradas:

    1. Armazenamento refrigerado na fazenda ou agroindústria

    2. Transporte até o porto em caminhões com refrigeração

    3. Estufagem da carga em contêineres reefer com controle de temperatura

    4. Monitoramento térmico durante toda a viagem no navio

    5. Desembarque e transporte final até o importador

    Exemplo prático: exportação de melões para a Europa

    • Melões produzidos no Rio Grande do Norte são colhidos e imediatamente armazenados em câmaras frias.

    • Depois, seguem para o Porto de Natal em caminhões refrigerados.

    • A carga é estufada em contêineres reefer e embarcada em um navio rumo à Espanha.

    • Durante os cerca de 15 dias de viagem, a temperatura é monitorada remotamente.

    • Ao chegar, os produtos seguem para redes de supermercados europeias com frescor e aparência preservados.

    Por que a cadeia fria é essencial no agronegócio marítimo?

    1. Mantém a qualidade em longas distâncias

    Navios percorrem rotas intercontinentais, o que exige logística térmica precisa para evitar perdas. Produtos como uvas e mangas amadurecem rapidamente se expostos a variações.

    Exemplo: Uma variação de 2ºC no contêiner durante a travessia do Atlântico pode comprometer um carregamento inteiro de uvas frescas.

    2. Atende a exigências sanitárias internacionais

    Diversos países exigem comprovação de temperatura constante em todo o trajeto, desde o campo até o ponto de entrada no território.

    Exemplo: Exportadores de carne para o Oriente Médio devem apresentar registros térmicos desde o abate até o desembarque, ou a carga pode ser recusada.

    3. Evita prejuízos logísticos

    Uma falha na cadeia fria no transporte marítimo pode significar perda total da carga, multas, devoluções e até sanções comerciais.

    Exemplo: Um problema elétrico em um contêiner reefer mal calibrado pode levar à perda de dezenas de toneladas de frango congelado.

    4. Agrega valor à marca brasileira no exterior

    Manter padrões elevados de qualidade, frescor e segurança alimentar ajuda a consolidar a reputação do agro brasileiro no mercado internacional.

    No contexto do agronegócio marítimo, a cadeia fria é muito mais que uma estrutura — é uma estratégia de competitividade global. Com o crescimento da demanda por alimentos frescos e seguros ao redor do mundo, exportar com controle térmico eficaz é o caminho para acessar mercados exigentes, reduzir perdas e garantir valor agregado à produção nacional.

    Investir em infraestrutura, tecnologia e parceiros logísticos confiáveis é o que permite que produtos brasileiros cheguem aos quatro cantos do mundo — com qualidade do campo até o porto, e do porto até o consumidor.