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  • Os desafios do trabalho embarcado

    Estar longe da família, perder momentos importantes na vida de pessoas que você ama, fazer novas amizades… Esses são desafios compartilhados no trabalhando embarcado! 

    Recentemente, a demanda de profissionais que querem trabalhar na área offshore tem aumentado, e não por menos. Oferecendo vantagens atrativas, cada vez mais pessoas têm se interessado por esse setor.

    Há 5 anos, quando Rodrigo Teixeira ainda não tinha certeza sobre qual carreira gostaria de seguir, ele escutou falar de uma profissão que tinha um bom salário, viajava o mundo e contava com férias durante o ano. Foi dessa forma que ele resolveu se aventurar no trabalho embarcado. 

    Entramos em contato com Rodrigo, pois, além de um profissional da área marítima, ele também compartilha seu conhecimento e vivências sobre o trabalho embarcado. Contando com mais de 50 mil seguidores no YouTube, ele usa a criatividade para disseminar informações sobre o dia a dia das plataformas. Em seu canal “Eu, Digo, Rodrigo”, os conteúdos já chegam a 711 mil visualizações.

    COMO FUNCIONA TRABALHAR EMBARCADO

    Apesar de oferecer diversas vantagens, trabalhar embarcado exige uma preparação não só física, mas também mental. A maioria das empresas – se não todas – exigem exames rigorosos, treinamentos e qualificações para estar preparado para o trabalho nas plataformas e embarcações. Um turno de trabalho em uma plataforma tem a duração de 12 horas (intercaladas por outras 12 de descanso). Por esse e outros motivos, os turnos exigem mais do que a jornada de outros trabalhadores mais comuns em terra, justificando o valor do salário inicial. 

    Quando comparado com a média salarial do Brasil, principalmente no regime CLT, os salários de um trabalhador embarcado se tornam extremamente atrativos. Apesar disso, o concurso é bastante concorrido e exige preparação para ocupar esses cargos. Rodrigo nos conta que um dos principais concelhos para quem deseja seguir na área pode parecer óbvio, mas é muito importante: estudar bastante os conteúdos do concurso para ser oficial da marinha mercante é essencial. Aprender inglês também se torna importante e segundo Rodrigo até mesmo os aplicativos, cursos na internet e canais de YouTube podem trazer vastos conhecimentos.

    BASTANTE HISTÓRIA PARA CONTAR

    Vagando pela internet é possível encontrar os mais diferentes relatos. Tripulantes pescando em alto mar, construções como casas flutuando pelo caminho, tempestades perigosas e entre tantas outras situações compartilhadas pela maior parte das pessoas que se dedicam a essa profissão. 

    Apesar de nunca ter presenciado casas, Rodrigo compartilhou conosco que já avistou caixas e sofás em alto mar e que apesar de não ter tantos momentos marcantes, algumas lembranças se destacam. 

    “Pensando aqui eu não tive um momento tão marcante assim. Eu poderia responder que foi a primeira vez que entrei em um navio. Foi interessante porque, principalmente quando ele tá descarregado, você olha para cima e percebe que é uma construção muito gigante. Ou talvez o meu primeiro serviço de navegação como oficial. Parando para pensar, eu tinha 23 anos, transportando uma carga de alguns milhões de reais, num navio de milhões de reais, de madrugada, totalmente sozinho no passadiço. Meio que senti o peso da responsabilidade” ele nos conta. 

    Ele ainda destaca que durante os 5 anos na profissão, as histórias compartilhadas pelos amigos e colegas de trabalho também são marcantes. “Tive colegas que perderam o nascimento do filho porque estavam embarcados, colegas que passaram por tempestades fortíssimas, a ponto de quebrar vários maquinários do navio. Colegas que passaram por ataques piratas… Enfim, se pegar uma tripulação principalmente de pessoas mais experientes as histórias são infinitas”.

    Apesar de tudo, a vida nos trabalhos em plataforma é bem dinâmica e exige bastante preparação dos interessados para uma boa adaptação e para lidar com as novas situações que não são comuns a todas as profissões no mercado. 

     

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