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  • Porto de Tubarão: Conheça sua história

    História

    Porto de Tubarão, teve sua construção iniciada em 1962 pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), marcou um momento crucial na história do Brasil e no desenvolvimento da indústria de mineração global. Naquela época, a CVRD era uma empresa de economia mista, e a iniciativa de construir o porto foi impulsionada pela visão estratégica de Eliezer Batista, então presidente da companhia.

    Esse período também coincidiu com a assinatura dos primeiros contratos de longo prazo para o fornecimento de minério de ferro ao Japão e à Alemanha. Esses contratos não apenas garantiram mercados estáveis para a produção brasileira, mas também foram fundamentais para viabilizar financeiramente o ambicioso projeto do Porto de Tubarão.

    O financiamento para a construção do porto foi uma parte crucial dessa equação. Enquanto Eliezer Batista enfrentou dificuldades com o Ex-Im Bank dos Estados Unidos, que recusou o financiamento, ele encontrou uma solução criativa ao utilizar recursos do Tesouro Nacional brasileiro. Essa decisão não só demonstrou a determinação e a visão estratégica de Batista, mas também fortaleceu a soberania do Brasil sobre seus recursos naturais e sua capacidade de desenvolver infraestrutura essencial para o crescimento econômico.

    porto de tubarão

    Idealizado como um projeto pioneiro, o Porto de Tubarão não apenas se tornou um hub fundamental para a exportação de minério de ferro, mas também revolucionou o transporte global de granéis sólidos e líquidos. Sua infraestrutura avançada e eficiência operacional estabeleceram novos padrões na logística marítima, influenciando positivamente o comércio internacional.

    Além disso, a participação decisiva do Japão nesse empreendimento não pode ser subestimada. A parceria entre o Brasil e o Japão foi crucial para o sucesso do Porto de Tubarão, e essa colaboração é lembrada até os dias atuais com respeito e apreço mútuo.

    Assim, o Porto de Tubarão não é apenas um marco na história da CVRD e do Brasil, mas também um exemplo de como visão estratégica, determinação e colaboração internacional podem transformar e impulsionar o desenvolvimento econômico e industrial de uma nação.

    De posse dos contratos de fornecimento de minério de ferro, Eliezer Batista, visionário presidente da então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), buscou apoio financeiro no Ex-Im Bank dos Estados Unidos para a construção do Porto de Tubarão. No entanto, seu esforço foi em vão. O banco americano recusou-se a fornecer o financiamento necessário. A decisão foi motivada pela falta de confiança no Brasil como destino seguro para investimentos naquela época, bem como na capacidade da Vale e das siderúrgicas japonesas de honrarem os compromissos assumidos.

    Essa recusa foi um obstáculo significativo para o projeto de Eliezer Batista. Contudo, longe de desistir, ele buscou alternativas e acabou encontrando apoio em outras fontes de financiamento, como recursos do Tesouro Nacional brasileiro, que possibilitaram a construção do Porto de Tubarão, um empreendimento que viria a se tornar um marco não apenas para a CVRD e para o Brasil, mas também para o transporte marítimo global de minérios.

    A inauguração do Porto de Tubarão em 1966 representou um marco significativo não apenas para a economia brasileira, mas também para sua projeção internacional. A tecnologia pioneira e a eficiência operacional do porto despertaram um entusiasmo considerável entre os investidores japoneses, que reconheceram seu potencial transformador no cenário global.

    Esse entusiasmo foi o catalisador para uma onda de novos investimentos estrangeiros no Brasil. Empresas como a Celulose Nipo Brasileira S.A. (Cenibra), a Companhia Siderúrgica de Tubarão, a Albrás (produção de alumina e alumínio), a Mineração da Serra Geral (extração de minério de ferro) e a Nova Era Silicon (produção de ligas de ferrosilício) foram algumas das muitas que decidiram estabelecer operações no país. Além disso, o projeto conjunto da Vale com a Kawasaki para a Califórnia Steel Industries representou o primeiro grande empreendimento da Vale no exterior, demonstrando sua crescente presença global.

    Esses investimentos não apenas diversificaram a economia brasileira, fortalecendo setores estratégicos como mineração, siderurgia, e produção de metais e ligas, mas também contribuíram para consolidar a posição do Brasil como um destino atraente para o capital estrangeiro. A eficácia demonstrada na construção e operação do Porto de Tubarão ajudou a dissipar preocupações econômicas, como aquelas relacionadas à autorização de San Tiago Dantas para a impressão de dinheiro.

    Assim, a inauguração do Porto de Tubarão não foi apenas um marco logístico e industrial, mas também um impulso crucial para a modernização e internacionalização da economia brasileira, influenciando positivamente o desenvolvimento econômico do país nas décadas seguintes.

    A Evolução do Transporte de Minério

    Na década de 1940, antes da construção do Complexo de Tubarão, o minério de ferro era escoado pelo Espírito Santo através dos portos de Vila Velha e Vitória. A demanda por esse escoamento foi impulsionada pela Segunda Guerra Mundial, por volta de 1942, o que exigiu a ampliação da capacidade portuária para receber navios de maior porte.

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    O desenvolvimento ganhou impulso nos anos 1960 com o início da construção do Porto de Tubarão, marcando uma nova era para o Estado. Sob a liderança de Eliezer Batista, então presidente da Vale do Rio Doce, importantes convênios foram assinados com siderúrgicas globais. Um marco significativo foi o acordo para fornecer 50 milhões de toneladas de minério de ferro ao Japão ao longo de 15 anos, condicionado à construção de um novo porto.

    Hoje, com meio século de existência e mais de 7 mil funcionários diretos, o Porto de Tubarão é um centro de histórias que atravessam gerações. Familiares orgulham-se ao recordar as transformações que testemunharam e participaram, formando uma conexão emocional com o complexo que continua a desempenhar um papel crucial na economia e na comunidade local.