Saiba como o Starlink, empresa de Elon Musk, pode moldar o acesso a internet nos próximos anos não só na navegação mas em outros setores também.
Esse é o nome do momento. Elon Musk tem sido a pessoa mais comentada no ramo empresarial devido ao crescimento constante das empresas que cercam seu domínio e dos potenciais desenvolvimentos advindos de suas inovações.
Atualmente, considerado a pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 219 bilhões (R$1 trilhão), o bilionário dono da Tesla, SpaceX e (sua mais nova aquisição) Twitter, tem construído sua fortuna aos poucos, com muita tecnologia e que tem impactado todos os setores da indústria, inclusive a navegação.
Com o Starlink, um projeto em desenvolvimento que será responsável por criar uma constelação de satélites de baixo custo e alto desempenho, a SpaceX quer fornecer internet para os lugares mais remotos, onde a conexão via cabo, por exemplo, não pode chegar. Com esse objetivo o setor de navegação poderá ser impactado de forma extremamente positiva, já que a internet em alto mar é ainda um pouco complicada.
Hoje, esse acesso ainda não é tão acessível e em boa parte é permitido para uma parcela seleta de tripulantes dos navios de longo curso, principalmente por se tratar de um recurso caro, por isso, ter internet dentro de um navio não é uma tarefa tão simples. Mesmo que o navio possua internet durante o percurso, nem sempre é possível encontrar um sinal que favoreça uma boa conexão. É por isso, que muitas vezes, quando o navio atraca em portos brasileiros, uma grande demanda de solicitações de suprimentos está relacionada à chips com conexão de internet para os shipchandlers locais. Na NavSupply atendemos a demanda frequente de alguns parceiros, prestando o serviço de fornecimento de chips que permitem essa conexão via rede móvel.
Mesmo com o fornecimento desses chips, muitas vezes é necessária uma troca frequente do recurso, já que o consumo de dados de navegação é alto. A promessa de Musk, entretanto, é democratizar esse acesso, mesmo que não se trate de uma tecnologia extremamente barata.
No Brasil, a contratação deste serviço gira em torno de R$530 reais mensais, no plano normal, chegando até aos R$2.600 no plano premium, sem contar com os gastos de equipamento e transporte. Com essas taxas de adesão, o valor pode chegar aos R$3.000 no primeiro mês de plano básico do serviço.
É importante ressaltar que o fornecimento para navios ainda não está disponível e, provavelmente, contará com um equipamento mais elaborado e que precisará de instalação realizada por um técnico especializado.
Ainda sim, o fato de já termos o vislumbre das potenciais inovações causadas pela SpaceX já causam empolgação. Vale destacar que as possibilidades ainda são grandes, e que só temos uma ideia dos reais impactos a longo prazo quando ela estiver disponível no mercado. O que temos certeza é que o setor da navegação não será o único a sofrer com os resultados da implementação dessa tecnologia e que com certeza, podemos esperar ansiosos por quais serão os próximos passos depois que elas forem implementadas.