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  • Canal do Panamá: restrições de tráfego serão mantidas por mais um ano

    Devido à falta de chuvas, o Canal do Panamá se viu obrigado a impor restrições de tráfego que devem durar cerca de um ano. Isso teve um impacto notável no comércio internacional, uma vez que o canal representa uma parte substancial do tráfego marítimo global, com cerca de 6% das mercadorias do mundo passando por suas águas.

    Essas restrições incluem limitar o número de passagens diárias de navios e reduzir a profundidade máxima permitida para as embarcações que transitam pelo canal. Anteriormente, cerca de 40 navios podiam cruzar o canal diariamente, mas agora esse número foi reduzido para um máximo de 32 navios por dia. Além disso, a profundidade permitida para os navios foi diminuída de 44 pés (13,4 metros) para 42 pés (12,8 metros).

    A vice-administradora do Canal do Panamá, Ilya Espino, explicou que a duração das restrições dependerá das chuvas nos próximos meses. Se houver um aumento significativo nas chuvas até o final do ano, as restrições podem ser suspensas antes de agosto de 2024.

    Falta de Água

    A escassez de água é uma consequência das mudanças climáticas e do fenômeno El Niño. O Canal do Panamá depende fortemente da água da chuva para operar, e a bacia hidrográfica que abastece o canal, composta pelos lagos Gatún e Alhajuela, não foi modernizada desde 1935. Naquela época, o tráfego pelo canal era significativamente menor, e a população do Panamá era muito menor do que os atuais 4,2 milhões de habitantes, metade dos quais depende do canal para o abastecimento de água potável.

    A situação levanta preocupações sobre o impacto nos custos de transporte e na competitividade do Canal do Panamá em relação a outras rotas marítimas, como o Canal de Suez. Se os custos para as empresas de navegação se tornarem excessivos, elas podem optar por utilizar rotas alternativas, o que poderia afetar significativamente a receita do canal.

    Apesar desses desafios, as autoridades do canal estão empenhadas em encontrar soluções para garantir que ele permaneça uma rota vital para o comércio internacional. A incerteza sobre a duração das restrições e a dependência das chuvas tornam a situação desafiadora, mas as autoridades estão atentas e monitorando de perto a situação, com a esperança de que uma solução sustentável seja alcançada.